Ética.
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Theodule Augustin Ribot The Conversation
Combater doutrinas filosóficas é um exercício insolente, mas necessário. A harmonia do justo-meio aristotélico, a sinestesia da dialética hegeliana, a clarividência das postulações marxistas, o equilíbrio interior do utilitarismo, a simplicidade matemática dos positivismos, a desafetação da fenomenologia e a abertura dos pragmatismos devem ser apreciados e recordados como se aprecia e se guarda na memória uma passagem musical.
Belas que sejam as teorias, elas inevitavelmente falham ao explicarem a realidade substantiva. Por isso é necessário criticar tanto as que aconselham a manutenção e clarificação dos fundamentos e regras de cada corrente de pensamento, como as que recomendam o abandono das tentativas de harmonização entre as correntes.
As teorias que sobrevivem ao longo do tempo, desde o historicismo severo ao positivismo inabalável, têm argumentos sólidos e uma lógica interna elegante, senão poética. Se fracassam em alcançar a Verdade é porque a verdade definitiva permanece sempre no horizonte. O que não impede que o propósito de a conquistar eleve o nível dos saberes intelectuais e incite à construção de matrizes interpretativas estimulantes e fecundas.