Notas.
Viver na estrita observância de uma religião ou de uma ideologia é sustentar um mundo injusto. Mais do que isso. É um estimulo para o imobilismo social e para a paralisia intelectual.
Hermano Roberto Thiry Cherques
Viver na estrita observância de uma religião ou de uma ideologia é sustentar um mundo injusto. Mais do que isso. É um estimulo para o imobilismo social e para a paralisia intelectual.
Hermano Roberto Thiry Cherques
Le soleil ni la mort ne se peuvent regarder fixement.
La Rochefoucauld, François de (1664) Réflexions ou sentences et maximes morales
Marx acertou em cheio quando mostrou que o mercado de trabalho instaura a mercantilização da existência.
Hermano Roberto Thiry Cherques
Os conceitos têm vida independente do seu conteúdo. A expressão “sobrevivência do mais apto” é de Herbert Spencer, cunhada quatro anos depois da Origem das espécies, e o termo “evolução”, igualmente darwinista, só passou a figurar a partir da 6ª edição da obra.
Hermano Roberto Thiry Cherques
“Comentário da Frank Zappa diante do Comitê do Senado americano sobre a censura a músicas com letras ambíguas: é uma tolice, é como curar a caspa pela decapitação.”
“Uma comissão consiste de uma reunião de pessoas importantes que, sozinhas, não podem fazer nada, mas que, juntas, decidem que nada pode ser feito.”
Fred Allen
“Afirmar que os moderados têm sempre razão e os extremistas estão sempre errados equivale a raciocinar como extremista.”.
Hermano Roberto Thiry Cherques
“Enquanto isto o tempo prossegue em seu trabalho imemorial de fazer todo mundo parecer merda e sentir-se como tal”.
Amis, Martin (1991). London Fields. Vintage Publishing. UK
Vivemos como se escolhêssemos livremente como agir e o que fazer, mas escolhemos dentre opções já dadas, limitadas física, psíquica e culturalmente.
Ou seja: não escolhemos.
O autor e a autoridade são conceitos antagônicos.
São como a autoria e o autoritarismo.
Os primeiros dizem respeito à invenção e à descoberta.
Os segundos dizem respeito à conservação e à interdição.
O século XX interminável começa em 1914 e não quer acabar.
Uma era de memória fraca, distorcida por uma cultura rasa, em cujo centro bate com especial intensidade a devoção ao kitsch.
“Se a culpa é minha, então eu ponho em quem eu quiser”
Homer Simpson
O fato de uma crença, religiosa ou não, ser velhíssima não significa que seja verdadeira, mas significa que, século após século, tem satisfeito às exigências espirituais daqueles que acreditam nela.
“A vida deve ser vivida em perspectiva, mas só pode ser compreendida em retrospectiva.”
David Cannadine, historiador do Império britânico, registrou o descarte e o abandono das estátuas dos déspotas nos países emancipados. Um fato comum a todas regiões colonizadas e oprimidas é o de que os símbolos de dominação se transformem em objetos kitsch. Aliás, costumam já nascer assim. Horrores estéticos, que vão desde a estátua do general que, com o semblante estúpido, divisa o nada no horizonte vazio, até a suástica, que era o logotipo da cerveja mais popular da Alemanha quando foi apropriada pelos nazistas.
“O passado é um país estrangeiro: ali se fazem as coisas de outro modo.”
O homo faber, com o seu savoir-faire, reprimiu o homo sapiens, com o seu savoir-vivre. Gestou o homo negotiatori, com o seu savoir-vendre.
Deu no The Guardian, por Stephanie Kaplan Lewis.
Uma pesquisa reveladora da Intelligent, uma revista online voltada para universitários, destaca que cerca de 20% dos empregadores testemunharam candidatos recém-formados trazendo um de seus pais para uma entrevista de emprego. Isso levanta questões sobre a independência e a autoconfiança dos jovens profissionais da Geração Z.
Os gerentes e recrutadores estão expressando preocupação com o desempenho dos candidatos jovens durante entrevistas de emprego. Muitos relatos apontam que esses candidatos parecem despreparados, com problemas que vão desde falta de contato visual até pedidos salariais irrealistas. Há debates sobre se essa geração é realmente menos profissional ou se está apenas resistindo a um sistema antiquado e muitas vezes desconectado da realidade.
Os candidatos jovens, expressam desconforto com as chamadas “perguntas sem sentido” em entrevistas, acreditam que são avaliados por aspectos triviais em vez de suas habilidades e aptidões para o trabalho em questão. Muitos dizem que as entrevistas devem ser mais focadas nas habilidades diretamente relacionadas ao cargo. Essa discordância de expectativas entre entrevistadores e candidatos da Geração Z cria um cenário de tensão durante o processo seletivo.
A Geração Z procura um ambiente mais respeitoso e recíproco, buscando entender por que deveriam querer trabalhar para uma empresa específica. Algumas empresas, como a Her Campus Media, adotam abordagens mais amigáveis, enviando antecipadamente perguntas de entrevista para que os candidatos possam se preparar melhor. No entanto, a dificuldade de se encaixar nas expectativas tradicionais é vista como um sintoma de um sistema que precisa evoluir para se adequar às novas gerações.
A Geração Z também enfrenta desafios com as interações sociais no ambiente de trabalho, mostrando certa relutância em participar de conversas informais. Os especialistas acreditam que o desenvolvimento dessas habilidades é fundamental para construir relacionamentos e navegar nas complexidades do mundo profissional. Em última análise, tanto os empregadores quanto os candidatos mais jovens precisam se adaptar e encontrar um terreno comum que leve a um processo de contratação mais eficaz e inclusivo para todos.
Leia aqui o artigo original.
Temos que nos ajustar a nós mesmos.
Aquietarmo-nos.
Não se está em lugar nenhum quando se está em todos os lugares.
Jorge Luis Borges observou que toda viagem é espacial. Mesmo a viagem no tempo, se e quando existir, se dará de um espaço presente a outro, futuro.