Acaso – o pretérito do futuro.

Perplexidades.

Naoto Hattori – O nascimento de Vênus

Na impossibilidade de comprar o futuro, o misticismo, o historicismo e o probabilismo compram o passado. A administração retroativa, seja na modalidade de indulgencias, seja na forma de uma sociedade ideal, seja no modo do cálculo em abstrato, convêm à fantasia de que os erros do passado se devem à ignorância, à incompetência ou à má-fé e que os acertos decorrem da sabedoria e da esperteza. Mas a crônica dos fatos e a razão nos dizem que não é assim. Que o ordenamento lógico do acontecido é apenas uma miragem causada pela forma como vemos as coisas em retrospecto.

Há muito tempo, Francis Bacon opôs as antecipatio naturae, as previsões derivadas da indução subjetiva das realidades naturais, à interpretativo naturae, o conhecimento rigoroso e científico da realidade objetiva. Sabia que não há como identificar o que poderia ter acontecido e o que não aconteceu. Que não há como prever o acaso. Mais recentemente, em uma de suas últimas entrevistas, Karl Popper sintetizou as razões de Bacon para insistir sobre as ocorrências fortuitas. Nada, disse, no presente autoriza prever o futuro. Vivemos aspirados pelo amanhã, não empurrados pelo dia de ontem.

REFERÊNCIAS:
Andrade, Oswald (1950). A crise da filosofia messiânica. Rio de Janeiro. Civilização Brasileira.
Bacon, Francis (s/d). Novum Organum ou Verdadeiras indicações acerca da interpretação da natureza. Tradução e notas: José Aluysio Reis de Andrade. Acropolis. http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/cv000047.pdf (I, 26)
Mlodinow, Leonard (2009). O andar do bêbado. Tradução de Diego Alfaro. Rio de Janeiro. Zahar.
UTILIZE E CITE A FONTE.
CHERQUES, Hermano Roberto Thiry (2024). Acaso – o pretérito do futuro. – https://hermanoprojetos.wordpress.com/2024/03/25/acaso-o-preterito-do-futuro/

Trabalho Fatal.

Trabalho.

Na primeira das Cartas à Lucílio, Sêneca escreveu que costumamos pensar na morte como acontecimento futuro. Mas, que nisso, nos engamos. A morte está no presente, no tempo gasto em tarefas repetitivas, no desperdício com ninharias, nos muitos momentos que dissipamos não vivendo e não progredindo. A morte está na fração da nossa vida transcorrida em devaneios utópicos e no trabalho mecânico.

Matamos tempo e vida ao nos projetarmos em um futuro que é incógnito por definição. O porvir ilusório admite somente particularidades cumulativas. Nega a possibilidade de singularidades evolutivas. Os estereótipos inscritos nas fantasias cinematográficas mostram nossos descendentes indo e vindo de escritórios e fábricas virtuais. Mas isto é um contrassenso. O provável é que o trabalho tal como o conhecemos desapareça completamente ou que se transforme em uma atividade doméstica secundária.

Como anotou Sêneca, deixamos de viver o presente consumidos por bagatelas e inutilizando a vida com lembranças e com projeções de uma realidade da qual estamos e estaremos necessariamente ausentes.

REFERÊNCIAS.
Seneca, Lucius Annaeus. (2009). Cartas a Lucílio. Tradução de Antônio Segurado e Campos. Lisboa. Calouste Gulbenkian
UTILIZE E CITE A FONTE.
CHERQUES, Hermano Roberto Thiry, 2024 – Trabalho Fatal.  A Ponte https://hermanoprojetos.wordpress.com/2024/02/26/trabalho-fatal/

Fantasia.

Notas.

O passado é imóvel porque racionalizado.

O futuro é móvel porque ilimitado.

Aquilo que vem é do campo da livre imaginação.

Presumir que repita o presente é do campo da falta de imaginação.

A fantasia sobre a morte é inútil.

A morte da fantasia é estupidez.

 

UTILIZE E CITE A FONTE.
CHERQUES, Hermano Roberto Thiry (2023). A Ponte https://hermanoprojetos.com/.

A memória desbotada, o horizonte embaciado.

Perplexidades.

Imagem gerada por AI

Há a memória, que é a evocação das nossas vivências, e há a História, que é o sentido conferido ao registro do passado. Há o porvir, que é o que acreditamos ser a extensão da nossa vida, e há o futuro, o sentido racionalmente projetado do que será.

Apreendemos as vivências e o porvir dentro de um horizonte de lembranças e de antecipações. Diversamente da “bolha em que vivemos”, a mônada de Leibniz, o horizonte é transparente para além dele. Está em constante expansão, retração e movimento, seja para o passado (recordação) ou para o futuro (antecipação). À medida em que avançamos, esse horizonte se desloca, enevoando as lembranças, reconstruindo o porvir. Continuar lendo

O futuro do improvável.

Perplexidades.

Na legislação romana, o testemunho era tido como uma meia prova. Dois testemunhos coincidentes formavam uma prova absoluta. Os romanos estavam errados. Primeiro, porque a possibilidade de ilusão individual ou coletiva interdita a prova absoluta por testemunho. Segundo, porque não faz sentido somar dois testemunhos. Probabilisticamente, deveriam ser multiplicados. 

As tentativas de criar indicadores e índices para conceitos como as de pobreza (linha de), bem estar (níveis de), felicidade (grau de) etc. derivam da mesma intenção do direito romano:  superar os temores de viver em um mundo errático, em que as consequências das condutas humanas são incalculáveis. A insegurança e os artificialismos que tentam apaziguá-la provocam a ampliação da quantidade e o estreitamento na qualidade das informações que temos sobre nós e a nossa circunstância. Debilidades agravadas à medida em progridem as tecnologias comunicacionais.

Com o advento da notação matemática – inventada pelos hindus, redescoberta pelos árabes e aperfeiçoada pelos europeus – os humanos pudemos pensar de forma não-humana. Passamos a raciocinar como escriturários, contadores e adeptos do probabilismo. De tal forma e com tal intensidade que nos obrigamos ao esquecimento de que a vida humana é feita de ocorrências singulares e condicionada por fenômenos culturais particulares.

É verdade que a Lei dos Grandes Números de Bernoulli tornou possível avaliar o resultado médio de muitos eventos simultâneos. No entanto, mesmo que pudéssemos medir os fenômenos humano e social, não é plausível estocar, nem possível computar os termos médios de conteúdos díspares, como os da fala, dos sentimentos, dos sonhos. O fato de estarmos nos forçando, ou sendo forçados, a falar, sentir e sonhar na limitadíssima linguagem numérica capaz de ser entendida pelos computadores e ordenada pelas redes, reflete o ponto em que nos levou as infundadas aspirações de que o mundo tenha um sentido prévio e de que a vida possa ser parametrizada.

Há séculos a economia histórica vem demonstrando que a projeção sobre o futuro da vida humana pessoal e coletiva não passa de uma fantasia irrealizável. Para que se compreenda o absurdo das tentativas desses cálculos, basta mencionar que, uma vez que 99% das espécies que já existiram estão extintas, numa avaliação probabilística todas as espécies estão extintas. Incluindo a nossa.

 

UTILIZE E CITE A FONTE.
CHERQUES, Hermano Roberto Thiry, 2022 – De genética e de memética. A Ponte: pensar o trabalho, o trabalho de pensarhttps://hermanoprojetos.com/2022/10/17/de-genetica-e-de-memetica/

 

REFERÊNCIAS.
Harari, Yuval Noah (2015). Sapiens: Uma breve história da humanidade. Tradução Janaína Marcoantonio. Edição do Kindle. L&PM Editores.
Kahneman, Daniel; Slovic, Paul; Tvresky, Amos (1982) Judgement under uncertainty: Heuristics and biases. Cambridge. Cambridge University Press.

 

Epicuro – Prolepse: a memória do futuro.

Perplexidades.

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Oswald de Andrade chamou a atenção para o “estorvo ideológico” da dívida – seja a religiosa, a econômica ou a psicológica – que pensamos ter para com o futuro. O ora et labora, o vintém poupado e o dever cumprido são fantasias destinadas a modular a conduta dos espíritos pueris.

Só a prolepse, o sentimento do que virá, a pré-noção dos acontecimentos, nos ajuda a prever o futuro.

A prólêpsis grega (lat. antecipatio) participa do fenômeno da apreensão (katalepsis) da memória involuntária das impressões. Para Epicuro, era um dos três critérios da verdade. Os outros dois eram a sensação (asísthesis) e a emoção (páthos). Juntos, formavam os conceitos de gênero e espécie, mediante os quais os dados da experiência são antecipados pela mente.

Entre os adeptos do Jardim, o resultado da apreensão repetitiva do mesmo tipo de objeto constituía uma espécie de resíduo fundamental: a justaposição do pensamento que se constitui espontaneamente a partir da percepção do singular. Tanto percebemos os muitos tipos de animais, que antecipamos o conceito de animal para entes que não conhecíamos.

Obscurecida pela cientificidade burguesa, a prolepse apagou-se das convicções. Foi silenciada pelo dogma da impossibilidade de sermos informados mediante as impressões e o acaso. A antevisão à sentimento foi trocada pela incerta e equívoca projeção probabilística.

Uma perda lastimável. O porvir não é uma possibilidade, mas uma certeza óbvia: a da dissolução do agora. Para desativar a ilusão projetiva denunciada por Andrade, a esperança que restou é a do Índio de Caetano Veloso, da confluência do passado e do futuro no presente (virá que eu vi).

UTILIZE E CITE A FONTE.
CHERQUES, Hermano Roberto Thiry, 2022 -Epicuro – Prolepse: a memória do futuro. A Ponte: pensar o trabalho, o trabalho de pensarhttps://hermanoprojetos.com/2022/04/20/epicuro-prolepse-a-memoria-do-futuro/
 
REFERÊNCIAS.
Andrade, Oswald (1970). A crise da filosofia messiânica. In Obras completas. Rio de Janeiro. Civilização brasileira.
Cherques, Hermano Roberto Thiry (2012) Conceitos e definições: o significado em pesquisa aplicada nas ciências humanas e sociais. Rio de Janeiro. Editora da Fundação Getulio Vargas.
Laercio, Diogenes (2020), Vidas e doutrinas dos filósofos ilustres. Tradução de Lúcio Jakobsmuschel. E-Book Kindle. São Paulo. Montecristo Editora [X, 31; VII, 1, 54 & VII, 1, 54]
Lucrécio (2015). Da natureza das coisas. Tradução (do latim), introdução e notas de Luís Manuel Gaspar Cerqueira. Lisboa. Relógio d’Água. [IV, 476]
Veloso, Caetano (1977). Um índio. In Bicho (Álbum). Philips Records.

O futuro do desconhecido.

Perplexidades.

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“Between the idea
And the reality
Between the notion
And the act
Falls the Shadow”

T.S. Eliot: The Hollow Men, V

Estamos nas nuvens. Não sobre elas, mas no seu interior. Vivemos em um nevoeiro informacional, alimentado por aspersores de insignificâncias e mentiras. O que compreendemos, ou pensamos compreender, está sempre fora de foco e em baixa definição.

Na nuvem digital os juízos são discretos. O colega, o vizinho, o fornecedor são completamente bons ou completamente maus; os computadores funcionam ou não; as instituições são imprescindíveis ou imprestáveis; os outros estão a meu favor ou contra mim. Inexiste nuance ou transição. Nada se altera que não seja radical ou súbito, incluindo as opiniões e os sentimentos. 

Lèvi-Strauss refere à sapiência ameríndia sobre a bruma. De como baixa e obscurece a realidade, desencadeando a mutação e a troca entre os elementos da natureza. A neblina é “… disjuntiva ou conjuntiva … junta extremos (alto e baixo, céu e terra, claro e escuro, ….) e os torna indiscerníveis.” A nebulosidade ensombrece o intelecto. Os seus atributos são a perda de visibilidade, de orientação, de acesso, dos limites, do entendimento.

O nevoeiro não é a escuridão. Na escuridão se fica cego. Dentro da neblina, se vê, mas a curta distância. Cegos, estancamos. Enevoados, avançamos sem cuidar de que para além do modesto círculo do nosso horizonte está o futuro imprevisível. Só a extrema lucidez pode dissipar a sombra borrifada pela mediocridade insinuante.

 

UTILIZE E CITE A FONTE.
CHERQUES, Hermano Roberto Thiry, 2022 – O futuro do desconhecido. A Ponte: pensar o trabalho, o trabalho de pensarhttps://hermanoprojetos.com/2022/04/01/o-futuro-do-desconhecido/
 
REFERÊNCIAS.
Eliot, T. S. (Thomas Stearns). Poems 1909–1925. London: Faber & Faber, 128. https://archive.org/details/poems19091925030616mbp
Lèvi-Strauss, Claude (1993). História de lince. Tradução de Beatriz Perrone-Moisés. São Paulo. Cia das Letras.

Derrida – O rastro e o resto.

Epistemologia.

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A desconstrução não agita a água cristalina para turvá-la. Limita-se a constatar que a água, que parecia límpida, está cheia de impurezas, de restos, de rastros.

Ao desconstruir, averiguamos as fraturas e incongruências dos conceitos sem os tocar. Interessam-nos o lapso, o hiato, o indício que exponha a fragilidade dos significados. Buscamos o resíduo das intenções.

Derrida denominou “gramatologia” a ciência do rastro (rastre). Considerou que, ao seguirmos as marcas do texto, somos assombrados, (hanté) pela memória, pelos reflexos obsessivos do passado. Também somos assediados pela presentificação do futuro, pelo imaginário dos presságios.

Ao investigar, sempre nos deparamos com escórias, seja da ordenação [arquivo x registro], da lembrança [vestígio x relíquia], do texto, [inscrição x assentamento], dos dados [inventário x classificação], das perspectivas [futuro x porvir]

O resto (reste) é o que fica fora, o que se perde dessas supostas totalidades. Elementos que não se articulam, que não podem ser devolvidos ao todo e que denunciam incompletudes do estabelecido. O resto impede a síntese, o fecho dialético, o encerramento exato da significação.

Por mais que nos esforcemos para fixar as noções em conceitos e os conceitos em proposições explicativas, sobra algo que não se ajusta. Uma névoa não entendida e não explicável de obscuridades, de insuficiências. Por isso, Derrida abandonou a pretensão do conceito-signo, do acesso às coisas mesmas, em favor do conceito-rastro, do esquadrinhamento do apagado pelo tempo, pelas convenções, pelos espaços, pelas certezas.

A ideia-força que anima o processo investigativo da desconstrução é a de que todo esclarecimento traz em si novos vazios. Percebidos ou não.

UTILIZE E CITE A FONTE.
CHERQUES, Hermano Roberto Thiry, 2021 – Derrida – O rastro e o resto. A Ponte: pensar o trabalho, o trabalho de pensarhttps://hermanoprojetos.com/2021/08/25/derrida-o-rastro-e-o-resto/
REFERÊNCIAS:
Derrida, Jacques (1973) Gramatologia. Tradução de Miriam Chnaiderman e Renato Janine Ribeiro. São Paulo. Perspectiva

O ogro digital.

Perplexidades.

No tempo em que os nossos avós eram crianças, havia os desvãos dos bufês. Depois vieram os subterrâneos das camas altas, as cavernas dos armários embutidos, os refúgios nos ângulos dos sofás. Durante gerações, pudemos nos abrigar dos espectros que queriam levar nossas pequenas almas.

Os jovens de hoje não têm mais onde se esconder. O Big Brother orwelliano os vigia desde o nascimento; os esquadrinha e os antecipa. Aqueles que hoje chegam à idade adulta sujeitam-se à captação dos fatos, textos e vozes da vida íntima e comunitária. O ogro digital os espreita.

Juntos, os jovens se comunicam incessantemente, se aprisionam uns aos outros e se oferecem ao rastreio. Separados, são  engolidos pela solidão. Nas redes, os milhões de comentários, informações e fotos são capturadas, memorizadas, empacotadas e entregues à sanha da espionagem digital. Os dados e fatos pessoais, as conversações domésticas e profanas estão à mercê de máquinas que alimentam os sistemas de gestação dos desejos.

Toda sociedade sempre foi de vigilância. Antes eram os Faraós em busca de desleais que espionavam com o Olho de Horus. Depois foram autoridades como Meleto, Anitos e Lincon que calaram Sócrates. Em sucessão, vieram o monitoramento no Império Romano, tão assustador que inocentes se auto exilavam; a espionagem da Igreja, com a infâmia do confessionário; e a Sereníssima República de Veneza, cuja governança foi baseada na delação ao Conselho dos Quarenta, a Quarantia, receptadora das denúncias ditas ou escritas na Bocca di Leone.

Os exemplos se multiplicam e não cessam. O que há de novo na era digital é a amplitude, é o furto da identidade, a indução não só à disciplina política e ao consumo, mas ao conformismo e à determinação do que consumir. Da automação do judiciário para a automação jurisdicional, da digitalização das tarefas para o trabalho desnaturado a onipresença dos olhos e dos ouvidos wi-fi abriu passagens.

George Orwell, da vigilância continua; Gilles Deleuze, da sociedade de controle, Manuel Castells, das redes, e muitos outros descreveram com minúcias hediondas o grande ogro digital. Infelizmente, nenhum pode sugerir um avatar dos bufês, das camas, dos armários, dos sofás onde as novas gerações pudessem se defender da voracidade hipnótica da web. O bicho-papão pegou o futuro.

 

UTILIZE E CITE A FONTE.
CHERQUES, Hermano Roberto Thiry, 2020 – O ogro digital. A Ponte: pensar o trabalho, o trabalho de pensar http://hermanoprojetos.com/2020/12/30/o-ogro-digital/

 

REFERÊNCIAS:
Castells Manuel, Carlos Nelson Coutinho (Tradutor), e outros. (2009 )A sociedade em rede. Rio de Janeiro. Paz e Terra
Cohen, Martin. (2008). Philosophical Tales. London. Wiley-Blackwell 
Deleuze, Gilles (1990). Pourparlers. Paris. Les Éditions de Minuit.
Gibbon, Edward (2005) Declínio e queda do império romano. Tradução de José Paulo Paes. São Paulo. Companhia de Bolso
Orwell, George (2009). 1984. Tradução de Heloisa Jahn e Alexandre Hubner. São Paulo. Cia das Letras.

NOTAS: As condições de trabalho dos moderadores do Facebook são muito piores do que você imagina.

Notas.

Deu no Gizmodo por .

Durante anos, surgiram relatos detalhando os danos que a moderação de conteúdo on-line causa aos responsáveis ​​pela limpeza dos sites das mais poderosas empresas de tecnologia. O Facebook anunciou em maio que faria algumas mudanças para que uma parte dessa força de trabalho responsável pela moderação (embora nem toda) receba um salário um pouco maior e cuidado extra, mas uma nova reportagem indica que essas mudanças graduais são apenas curativos para o que é descrito como um ambiente de trabalho severamente angustiante.

A reportagem, publicada pelo The Verge, detalha as condições de trabalho dos moderadores de conteúdo em um centro de Tampa, Flórida. Ele é operado pela Cognizant, uma empresa de serviços profissionais que assinou um contrato de dois anos e US$ 200 milhões com o Facebook para liderar essas ações, disse um ex-funcionário ao The Verge.

“No começo, isso não me incomodou – mas depois de um tempo, começou a me prejudicar”, disse Michelle Bennetti, ex-funcionária terceirizada do escritório de Tampa, ao The Verge“Eu sinto como se tivesse uma nuvem – uma escuridão – pairando sobre mim. Eu comecei a ficar deprimida. Eu sou uma pessoa muito feliz e extrovertida, e eu estava [ficando] retraída. Minha ansiedade aumentou. Era difícil enfrentar isso todos os dias. Isso começou a afetar minha vida pessoal”.

Os detalhes da publicação são, na melhor das hipóteses, um relato sombrio das condições sujas e caóticas do local de trabalho e, na pior das hipóteses, uma visão perturbadora dos efeitos psicológicos que o trabalho pode causar.

Funcionários terceirizados disseram ao The Verge que encontravam “secreções nasais, unhas e pelos púbicos, entre outros itens” em suas mesas compartilhadas quando chegavam para seus turnos. O escritório era completamente limpo antes das visitas do Facebook.

“Cada canto daquele prédio era absolutamente repugnante”, disse um ex-funcionário ao Verge. “Se você fosse ao banheiro iria encontrar sangue menstrual e fezes por todo o lado. Estava sempre com um cheiro horrível”. Ela também caracterizou o local de trabalho como “uma sweatshop nos Estados Unidos”.

Em uma transmissão ao vivo no Facebook, um funcionário teria dito que queria “esmagar a cabeça de um gerente” e não recebeu nenhuma ação disciplinar porque outro gerente disse que o comentário era apenas uma piada. Outro funcionário ameaçou “disparar contra o prédio” em um grupo de troca de mensagens. A empresa deixou ele retornar após uma licença remunerada, e ele só foi demitido depois que uma segunda ameaça semelhante foi feita.

O relatório detalha como a estrutura e as regras extenuantes impostas aos trabalhadores os forçavam a trabalhar quando estavam doentes, para que não corressem o risco de perder seus empregos. Funcionários terceirizados do Facebook teriam que relatar via uma extensão de navegador sempre que usassem o banheiro, com direito a apenas um certo número de pausas.

O medo de ser demitido também era constante – “dias de bolsa vermelha” é um termo comumente utilizado entre os trabalhadores para se referir aos dias em que os gerentes demitem funcionários. Eles recebem bolsas vermelhas para colocar suas coisas.

“Trabalhamos com nossos parceiros de revisão de conteúdo para fornecer um nível de suporte e compensação líder no setor”, disse um porta-voz do Facebook ao Gizmodo por e-mail. “Haverá inevitavelmente desafios com funcionários ou insatisfações que colocam em dúvida nosso compromisso com esse trabalho e com os funcionários de nossos parceiros. Quando as circunstâncias justificam uma ação por parte da administração, nós garantimos que isso aconteça”.

O que fica claro nesta reportagem é que o Facebook ignorou as condições infernais de trabalho sofridas por uma grande parte de sua força de trabalho. Esses trabalhadores, a propósito, são responsáveis ​​por uma das tarefas mais vitais para a manutenção do Facebook: garantir que as postagens mais hediondas sejam tiradas do ar. O aumento do salário e dos benefícios oferecidos pelo Facebook este ano indicam que a empresa, no mínimo, responde às críticas da imprensa, mas as melhorias incrementais para funcionários terceirizados como os de Tampa não são suficientes para manter os trabalhadores felizes, saudáveis ​​e seguros.

Contratar mais moderadores pode ajudar a evitar que alguns vídeos terrivelmente violentos ou inadequados passem despercebidos, mas sem condições de trabalho justas e seguras, isso significa apenas sacrificar o bem-estar desses funcionários terceirizados pelos resultados financeiros da empresa.

Clique aqui para ler o artigo original na íntegra.

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NOTAS: Múltiplas telas invadirão ambiente de trabalho.

Notas.

Deu no WSJ por Sara Castellanos.

Displays ajudarão funcionários a realizar várias tarefas simultaneamente e elevar produtividade.

Tela de gerenciamento na cozinha de um restaurante em Pequim com inteligência artificial. Foto: ZHANG CHEN/XINHUA/ZUMA PRESS.

Muitas vezes empoeirado, perdido na bagunça de uma mesa de trabalho que oculta sua posição como janela para a transformação digital e de negócios que está em curso, o monitor de computador precisa ser recriado.

Nos próximos dez anos, será mais comum que os locais de trabalho abriguem múltiplos monitores, de diversos tipos e tamanhos, entre os quais telas de computador e de tablet, e displays que facilitam experiências de realidade virtual e aumentada.

As chamadas “experiências ambientais”, nas quais mundos virtuais e físicos se combinam em tempo real por meio de diversos aparelhos e displays, se tornarão a norma.

“Vai haver mais e mais displays, para todos esses aspectos da vida, o que dará ao usuário uma experiência contínua”, disse Tuong Nguyen, principal analista do grupo de pesquisa Gartner, cuja especialidade são as tecnologias e tendências emergentes.

Novos locais de trabalho emergirão, com displays múltiplos e telas maiores, panorâmicas, em grande parte porque os dados estão se tornando o foco central de todos os setores, o trabalho multitarefas é necessário e os trabalhadores mais jovens exigem produtos de melhor qualidade nos seus escritórios, segundo Bert Park, vice-presidente sênior e diretor-geral de software e periféricos da Dell, subsidiária da Dell Technologies.

Os displays de computador continuarão a ser “pontos de ancoragem” para a produtividade do trabalho, porque a demanda por visualizar dados, o que inclui gráficos e tabelas, continuará a crescer, diz Park.
“Muita gente executará múltiplas tarefas, o que significa que mais espaço de tela será necessário”, afirmou.

Pode ser que ter telas maiores, ou telas separadas para email, videoconferências e tabelas, por exemplo, se tornem comum também para trabalhadores de outros setores, além das finanças, que hoje precisam alternar múltiplas janelas em uma só tela.

Telas separadas podem resultar em economia de tempo, elevar a produtividade e possivelmente ajudar os trabalhadores a recordar os fatos corretamente.

Visitante da SXSW, nos EUA em estande da Lockheed Martin: empresa usa headsets de realidade aumentada para acelerar o aprendizado dos engenheiros. Foto: Suzanne Cordeiro.

Displays transparentes, como os headsets de realidade virtual e aumentada que sobrepõem imagens geradas por computador ao campo visual real do usuário, também podem se tornar mais comuns no ambiente de trabalho, dentro de três a cinco anos, diz Park.

Empresas já começaram a testar headsets e tablets de realidade aumentada, primariamente para orientar trabalhadores sobre processos industriais e de manutenção. A demanda por displays de realidade aumentada também pode se estender à pesquisa e desenvolvimento e ao design de produtos, disse Park.
“O profissional poderia começar a construir a próxima versão de um produto e introduzir melhoras via realidade virtual de modo interativo.”

A divisão espacial da Lockheed Martin está usando headsets de realidade aumentada para acelerar o aprendizado dos engenheiros sobre os processos de construção de espaçonaves, por exemplo.

Os dispêndios mundiais em realidade aumentada e realidade virtual devem atingir US$ 20,4 bilhões neste ano, de acordo com a IDC, empresa de pesquisa de mercado. Isso representa um grande salto ante o investimento estimado de US$ 12,1 bilhões em 2018.

Os trabalhadores mais jovens, entre os quais os da geração milênio, abraçarão essas novas tecnologias e ajudarão a popularizá-las nos locais de trabalho, disse Park. Mas trabalhadores mais velhos também optarão por usar os novos displays e headsets para a solução de determinados problemas, ele acrescentou.

A realidade virtual, que envolve o uso de headsets que permitem interação com representações digitalizadas mas que parecem reais, está avançando na força de trabalho, se bem que em ritmo mais lento, disse Park.

A empresa de entregas UPS, por exemplo, usa a realidade virtual para simular a experiência de dirigir seus caminhões, antes que motoristas novos comecem a trabalhar nas ruas.

A Genentech, divisão da Roche Holding, está usando a realidade virtual como ferramenta de treinamento para cirurgiões oculares, em um teste clínico que executivos esperam que conduza ao uso generalizado da tecnologia.

Os headsets de realidade virtual terão de superar alguns desafios nos próximos anos. Como ficam muito perto dos olhos do usuário, a resolução precisa ser maior para oferecer “imagens reais”.

A informação em tempo real é importante nos negócios, e por isso a tecnologia dos chips precisa evoluir para resolver questões de latência que retardam a informação, ele disse.

O futuro da realidade virtual e da realidade aumentada depende em muito do sucesso da tecnologia 5G de comunicação sem fio, que pode resultar em redução considerável da latência.

“A tecnologia que temos hoje está na adolescência”, disse Nguyen, do Gartner.

“Parece já ser crescida, mas ainda terá de passar por diversas fases incômodas.”

Clique aqui para ler a matéria traduzida por Paulo Migliaccina e aqui para a matéria original (em inglês).

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NOTAS: O que fazer com o Velho?

Notas.

Na Revista Inteligência, meu artigo sobre o trabalho na terceira idade.

telephoneTrês obras são fundamentais para entender a situação dos trabalhadores que alcançam transpor a maturidade. “Saber Envelhecer – Seguido de A Amizade”, de Cícero, que recolhe e informa os saberes sobre a velhice na Antiguidade, o ensaio “A Velhice”, de Simone de Beauvoir (1970), que descreve a situação sociopolítica do idoso, e “O tempo de memória”, de Norberto Bobbio (1997), que dá a perspectiva contemporânea da vida ativa do velho.

As palavras “idoso” e “velho” nomeiam aqueles que vão chegando à derradeira época da vida. Ambas denominações remetem a injustiças e incompreensões. Na nossa cultura, a palavra “idoso” liga-se à degradação física. Já o termo “velho” se relaciona à aversão social.

Se em determinadas culturas e épocas se espera que o idoso trabalhe até quando possa e se tenha pelo velho respeito e admiração; na nossa, o termo idoso é sinônimo de inútil, e o termo velho denota repulsa e desprezo.

Clique aqui para ler o artigo na íntegra.

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NOTAS: O ‘mito’ do empreendedor jovem.

Notas.

Deu no Brazil Journal por Mariana Barbosa.

Swan – by Maria Hatling (South Korea)

Nassim Taleb foi a São Francisco. E odiou o que viu. MIT desconstrói o ‘mito’ do empreendedor jovem.

Taleb fez fama (e uma legião de seguidores) com o livro “The Black Swan”, que criticou severamente os modelos financeiros usados pelo mercado para avaliar risco e praticamente previu a crise de 2008.

Enquanto espera a próxima crise, Taleb pontifica sobre tudo no Twitter, onde tem se revelado um misto de sábio com tio ranzinza.

Depois de uma viagem a São Francisco, o tio ranzinza explodiu: “Millennials tatuados, com um problema de atitude, morando apertados e pagando aluguéis exorbitantes. E (agressivamente) vegetarianos.” A metralhadora continuou: “O culto da juventude (pela juventude) resulta de uma falácia lógica elementar. Se 90% das inovações bem-sucedidas vêm dos jovens, menos de 1/1000 das inovações dos jovens funcionam. Estatisticamente, a juventude está correlacionada com a mediocridade, a indolência, a fraqueza física e a falta de criatividade.”

Clique aqui para continuar lendo.

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NOTAS: O futuro do trabalho no passado.

Notas.

Deu no Gizmodo por .

Quais eram os empregos do futuro segundo especialistas de 1988?

Orbit City – The Jetsons

Fazer previsões é difícil, sabemos disso. Mas há um campo em que a previsão pode ser ainda mais difícil do que os prognósticos sobre as casas em que viveremos ou os carros que usaremos: o tipo de emprego que teremos.

Especialistas estão sempre tentando descobrir para qual caminho a sociedade está indo e, com base nisso, determinar quais serão os trabalhos do futuro. E esse tipo de previsão parece sempre trazer as ideias mais malucas, principalmente quando a sociedade não segue necessariamente os caminhos esperados.

O final da década de 1980 e o início dos anos 1990 foi uma época de muitas reviravoltas para quem procurava por um emprego. A automação estava começando a colocar suas garras tanto em trabalhos intelectuais quanto em trabalhos braçais, fazendo com que especialistas se preocupassem com uma grande retração.

E eles não estavam totalmente errados. Porém, algumas das reviravoltas previstas – especialmente as que falavam da exploração físicas de lugares estranhos como a Lua e os oceanos – não deram certo.

Quase todos os itens da sua lista existem hoje como um trabalho possível – talvez a única exceção seja “astrônomo lunar”. E não há muitos “gerentes de hotel no oceano”, pelo menos não da maneira como os futuristas da década de 1980 teriam imaginado. Em tese, deveríamos ter vastas cidades sob as ondas do oceano hoje em dia. Ou, pelo menos, cidades sobre oceanos – não muito diferentes das fantasias anarcocapitalistas de hoje em dia.

Mas o artigo não falou apenas com Feingold. A matéria também cita o professor de engenharia da George Tech Alan Porter, que deu sua opinião sobre o futuro do fast food:

Ele prevê inovações como “o Autoburger”, um estabelecimento de fast-food parecido com o McDonald’s, mas sem trabalhadores humanos.

A previsão também quase acerta com a realidade atual – o caso é que isso já é possível, mas ainda não se popularizou tanto. O McDonald’s tem alguns restaurantes super automatizados, mas os humanos ainda estão trabalhando nesses lugares.

O Caliburger, em Pasadena, na Califórnia, tem um robô chapeiro chamado “Flippy”. E a Creator, uma empresa que vende máquinas que fazem hambúrgueres, abriu um “restaurante robotizado” neste ano.

Mas, assim como a ausência de caixas humanos em supermercados e grandes varejistas, se livrar do trabalhador de carne e osso não necessariamente torna algo mais eficiente. Muitas vezes, apenas transfere a mão de obra para o consumidor.

E o artigo termina com um misto de boas e más previsões:

Marvin Cetron, um analista tecnológico, analisa o ano 2000 e prevê uma semana de trabalho de 32 horas. “O único trabalho que uma mulher não vai fazer é o de padre católico”, disse ele.

Cetron disse que estudantes universitários do futuro estudarão pesquisa de enzimas, engenharia genética e robótica.

No topo da lista de previsões de Cetron para candidatos a emprego do futuro: “Certifique-se de ter conhecimentos de informática. Você não vai conseguir entrar no mercado de trabalho se não tiver isso. Vai ser uma necessidade tão básica quanto dirigir um carro”.

É preciso ser um letrado em informática? Isso parece óbvio, olhando em retrospecto. Só não diga isso para o ministro de cibersegurança do Japão, Yoshitaka Sakurada. Aos 68 anos, ele nunca usou um computador na vida. Sakurada tem “secretários” que fazem o trabalho por ele. Ele é um dos últimos com essa tradição, pelo menos.

Como você acha que será o trabalho daqui a 30 anos? Eu suspeito que muitos “especialistas” falarão sobre os profissionais de logística de entregas com drones em lojas do varejo, técnicos em Hyperloop e especialistas em terraformação de Marte.

Mas nenhuma dessas coisas está garantida para o nosso futuro. Embora “guia de safári em Marte” pareça um trabalho legal e futurista, é preciso percorrer um longo caminho para chegar no emprego dos sonhos.

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Como chamar a vida entre o trabalho e a velhice?

Notícias & Almanaque.

Deu no The Economist.

Para que possamos tirar proveito de nossas vidas mais longas, é necessário criarmos uma nova categoria de idade.

Como você chama alguém com mais de 65 anos, mas que ainda não é idoso? Esta fase da vida, entre trabalho e decrepitude, carece de um nome. “Geriactivos” erra demais no lado da senescência. “Sunsetters” ou “Nightcappers” correm o risco de parecer condescendentes. Talvez “Nyppies” (Not yet Past It) ou “Owls” (Older, Working Less, Still earning) são mais propícios.

Denominar uma categoria de idade pode soar como um exercício frívolo, mas os estágios da vida são construções sociais, e a história mostra que o surgimento de uma nova classe pode desencadear mudanças profundas de atitude. Essa transfiguração é necessária para obtermos uma resposta apropriada às questões atuais referentes ao aumento da longevidade.

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Automação e o Futuro.

Notícias & Almanaque.

Deu na CNBC por Anita Balakrishnan.

Jack Ma, o bilionário presidente do grupo Alibaba, acredita que a automação vai ajudar os trabalhadores do futuro a aproveitarem mais seu tempo de lazer. Na verdade, ele vê um futuro em que as pessoas vão trabalhar apenas 16 horas por dia, em 2047.

“Eu acho que, nos próximos 30 anos, as pessoas vão trabalhar apenas quatro horas por dia e talvez quatro dias por semana”, Ma disse essa semana, em uma conferência em Detroit. “Meu avô trabalhou 16 horas por dia na fazenda e achava que estava muito ocupado. Nós trabalhamos oito horas, cinco dias por semana, e achamos que estamos muito ocupados.”

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Ética e o futuro

Notícias & Almanaque.

Deu no The Guardian, sobre Yuval Noah Harari, historiador.

I think morality is more important than ever before. As we gain more power, the question of what we do with it becomes more and more crucial, and we are very close to really having divine powers of creation and destruction. The future of the entire ecological system and the future of the whole of life is really now in our hands. And what to do with it is an ethical question and also a scientific question.

So, to give just an example: what happens if several pedestrians jump in front of a self-driving car and it has to choose between killing, say, five pedestrians or swerving to the side and killing its owner? Now you have engineers producing the self-driving cars and they need to get an answer to this question. So, I don’t see any reason to think that AI or bioengineering will make morality any less relevant than before.

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Nota

Empregado do futuro vai trabalhar 1 ou 2 dias por semana

CATEGORIA NT
278012C5-09D9-4DFB-B52076BD28B7A747Deu na Folha:

Os avanços da tecnologia vêm transformando as relações de trabalho e o cenário industrial e de grandes empresas. “O empregado do futuro vai trabalhar 1 ou 2 dias por semana com muito mais eficiência do que a pessoa que sua sangue e “se mata” no trabalho”, disse o colunista da Folha Luli Radfathrer, durante o programa da TV Folha sobre digitalização exibido nesta quarta (30/09/2015).

Veja mais neste neste link.

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Nota

Como Isaac Asimov previu que seria 2014, 50 anos atrás

CATEGORIA AST

isaac-asimovEm 1964, durante a Feira Mundial de Nova York, o New York Times convidou o escritor de ficção científica e professor de bioquímica Isaac Asimov a fazer previsões de como seria o mundo 50 anos depois, ou seja, este ano. Asimov escreveu mais de 500 trabalhos, entre romances, contos, teses e artigos e sempre se caracterizou por fazer projeções acuradas sobre o futuro. As previsões do escritor, que morreu em 1991, são surpreendentes.

O artigo do Times e a acurácia das previsões foram temas de um texto do site Open Culture.

Sobre o trabalho Asimov previu uma população entediada, como sinal de uma doença que “se alastra a cada ano, aumentando de intensidade, o que terá consequência mentais, emocionais e sociais”. Depressão?  “Ouso dizer”, prossegue ele, “que a psiquiatria será a especialidade médica mais importante em 2014. Aqueles poucos que puderem se envolver em trabalhos mais criativos formarão a elite da humanidade”.

Clique aqui para ler a matéria original com outras previsões.

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