NOTAS: Fórum Econômico Mundial prevê que robôs farão mais tarefas que humanos em 2025.

Notícias.

Deu no Gizmodo por Leo Escudeiro. 

A perspectiva da tomada de empregos por robôs pode ser menos sombria do que imaginamos, pelo menos de acordo com um relatório feito pelo Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês).

A organização prevê que os robôs deverão tomar 75 milhões de empregos humanos globalmente até 2022, mas que, por sua vez, deverão criar mais 133 milhões de novas vagas. Por outro lado, o relatório do WEF também afirma que, em 2025, os robôs deverão desempenhar 52% das tarefas profissionais atuais, em comparação com 29% atualmente.

Segundo o relatório, os avanços na computação deverão liberar os trabalhadores para novas tarefas, mas tem quem afirme que esse progresso não traz garantias de que empregos perdidos sejam substituídos.

O Fórum Econômico Mundial afirma que robôs e algoritmos deverão melhorar e muito a produtividade dos empregos atuais, além de levar a vários novos empregos nos próximos anos.

Atualmente, as máquinas desempenham 29% dos trabalhos, segundo firmas pesquisadas pelo Fórum Econômico Mundial. Esse número, segundo a organização, deverá subir para 42% em 2022 e 52% em 2025. O relatório afirma ainda que os humanos deverão trabalhar em uma média de 58% das horas de tarefa até 2022, em comparação com 71% hoje em dia.

Na visão da organização, o resultado disso seria um número maior de especialistas em redes sociais, desenvolvedores de software, analistas de dados e também outros cargos que exigem traços humanos, como prestadores de serviços e professores.

No entanto, o Fórum Econômico Mundial alerta que isso implicaria em mudanças significativas em relação ao panorama atual, com as empresas precisando treinar novamente os funcionários para conseguirem novas habilidades e governos impactados pelas mudanças tendo que implementar redes de segurança para os trabalhadores que deverão perder seus empregos. Para a organização, vagas em firmas, fábricas, correios e cargos de secretariado e em caixas de supermercado devem ser substituídos por robôs.

“Existe um imperativo tanto moral quanto econômico de se fazer isso (investir no desenvolvimento dos trabalhadores). Sem abordagens proativas, empresas e trabalhadores poderão perder o potencial econômico da Quarta Revolução Industrial”, disse Saadia Zahidi, chefe do Centro para a Nova Economia e a Sociedade, do Fórum Econômico Mundial.

Segundo o Fórum Econômico Mundial, a perspectiva hoje é mais positiva porque as empresas entendem melhor os tipos de oportunidades disponíveis, graças aos desenvolvimentos na tecnologia. No entanto, vale apontar que essa é apenas a conclusão a que chegou a organização em sua própria consulta.

Outros grupos de pesquisa já trouxeram perspectivas piores. Um estudo encomendado pelo Bank of England em 2015, por exemplo, previu que, até 2035, 80 milhões de empregos seriam perdidos nos Estados Unidos, além de 15 milhões no Reino Unido. Em dezembro do ano passado, por outro lado, um relatório da McKinsey trouxe uma visão mais positiva, estimando que o balanço entre perda e criação de empregos seria basicamente igual até 2030.

O relatório do Fórum Econômico Mundial foi feito a partir de pesquisas com funcionários de recursos humanos, executivos de estratégia e CEOs de mais de 300 empresas no mundo todo , em uma série de indústrias. Os consultados representaram mais de 15 milhões de empregados e 20 economias desenvolvidas e emergentes, que somam 70% da economia global.

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NOTAS: Local de trabalho.

Notas.

Deu na BBC por Jeff Pfeffer:

O que fazer para evitar que o ambiente de trabalho nos mate.

Em 2016, um engenheiro de software da Uber, com uma renda anual de seis dígitos, cometeu suicídio. O motivo, segundo sua família, foi seu alto nível de estresse no trabalho.

Um estagiário do banco Merrill Lynch de 21 anos desmaiou e morreu em Londres depois de trabalhar 72 horas seguidas.

Quando a gigante do aço ArcelorMittal fechou uma de suas fábricas, um funcionário de 56 anos morreu de ataque cardíaco três semanas depois. Teria sido o choque de perder o emprego depois de tanto tempo, afirmaram parentes à época.

Os casos, ainda que extremos, são sintomas de um problema cada vez mais comum: a Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho contabiliza que mais da metade dos 550 milhões de dias de trabalho perdidos anualmente devido a faltas “está relacionada ao estresse”.

Em 2015, uma análise feita com base em quase 300 estudos constatou que práticas nocivas no local de trabalho elevavam a mortalidade, assim como o fumo passivo, por exemplo.

Tais práticas incluem desde longas jornadas de trabalho, conflitos entre trabalho e família, ausência de jornadas regulares ou previsíveis e, no caso dos EUA, o fato de não se ter plano de saúde entre os benefícios contratuais.

A insegurança econômica decorrente do desemprego também está listada entre os fatores que geram malefícios à saúde.

Não há dúvida de que o local de trabalho vem deixando as pessoas doentes e causando até mesmo mortes – e isso é motivo de preocupação. Com o aumento dos custos de saúde em todo o mundo, nossa “segunda casa” tornou-se um importante problema de saúde pública.

“Seu chefe tem papel mais importante em sua saúde do que seu médico de família”, diz Bob Chapman, CEO da empresa de tecnologia Barry-Wehmiller.

O Fórum Econômico Mundial estima que cerca de três quartos dos gastos com saúde em todo o mundo estejam associados a doenças crônicas e doenças não transmissíveis, responsáveis por 63% de todas as mortes.

A doença crônica vem tanto do estresse quanto dos comportamentos não saudáveis que ele induz, como fumar, beber, usar drogas ou comer demais.

Inúmeras pesquisas mostram que o local de trabalho é uma das principais causas de estresse, o que explica, pelo menos em parte, a crise dos serviços de saúde que estamos vivendo.

Homem estressado

Segundo o Instituto Americano de Estresse, o estresse no local de trabalho custa à economia dos Estados Unidos cerca de US$ 300 bilhões por ano.

Custo do estresse

Um artigo do qual fui coautor em uma importante revista especializada indicava que práticas de gestão ineficientes causam 120 mil mortes anualmente nos EUA. Além disso, calculamos os custos extras de assistência médica em US$ 190 bilhões por ano.

Isso tornaria o local de trabalho a quinta principal causa de morte nos Estados Unidos, à frente da doença renal ou o Mal de Alzheimer. No Reino Unido, segundo dados oficiais, 12,5 milhões de dias úteis foram perdidos devido a estresse, depressão ou ansiedade relacionados ao trabalho no biênio 2016-2017.

É preciso lembrar ainda que práticas de trabalho prejudiciais aos funcionários também são nocivas às empresas.

As longas jornadas de trabalho afetam negativamente os índices de produtividade. Cortes ou demissões não melhoram o desempenho organizacional e, muitas vezes, levam ao êxodo dos melhores funcionários.

Além disso, por causa de custos diretos, como indenizações, e custos indiretos, como perder pessoas com fortes relacionamentos com clientes, pode não haver, na verdade, economia de recursos.

Durante décadas, pesquisas mostraram que dar às pessoas maior controle sobre como e quando fazem seu trabalho aumenta a motivação e o engajamento.

Não surpreende que funcionários estressados estejam mais propensos a se demitir – e a alta rotatividade sai caro. Estudos vêm demonstrando o que parece ser óbvio: empregados doentes e estressados não são mais proficientes ou produtivos em seu trabalho quanto aqueles mais saudáveis.

Mulher chorando

Vivemos uma era de maior insegurança econômica

Cenário pessimista

Os indicadores mostram, infelizmente, um cenário pessimista.

Cortes de empregos, que costumavam ocorrer apenas em tempos econômicos difíceis, agora são rotineiros. Quando a brasileira 3G Capital fundiu as gigantes de alimentos Heinz e Kraft, 20% da força de trabalho foi reduzida, à medida que a empresa consolidava a produção e eliminava funções que se sobrepunham.

A chamada “gig economy“, baseada no trabalho temporário e feito por freelancers, faz com que estes sejam tempos de maior insegurança econômica, já que muita gente não consegue saber qual será sua renda daqui a uma semana.

A tecnologia que permite a varejistas e a outras empresas, como hotéis e restaurantes, flexibilizar o número de funcionários faz com que os salários sejam cada vez mais variáveis e que as pessoas enfrentem restrições para conciliar o trabalho com a família e as tarefas domésticas.

Também houve uma mudança importante na gestão das empresas. Nos anos 50 e 60, CEOs equilibravam-se entre interesses de acionistas, clientes, funcionários e comunidade – o chamado “capitalismo consciente”.

Agora, contudo, os interesses dos acionistas falam mais alto. Poucos líderes parecem entender que, quando as pessoas vêm trabalhar para eles, elas colocam seu bem-estar físico e psicológico em suas mãos.

Mas, conscientes disso, algumas empresas decidiram mudar a forma como tratam seus funcionários.

Nelas, os empregados ganham um dia de folga e são obrigados a tirá-lo.

Os gerentes não enviam e-mails ou mensagens de texto a qualquer hora. As pessoas trabalham, vão para casa e têm tempo para relaxar. Algumas companhias chegam, inclusive, a oferecer acomodação, de modo que as pessoas possam ter um emprego e uma vida familiar.

Os funcionários são tratados como adultos e têm controle sobre o que fazem e como fazem para cumprir suas responsabilidades profissionais. Ou seja, não há microgerenciamento.

Mais importante do que isso: as empresas são lideradas por indivíduos que levam a sério seus deveres com seus funcionários. Na SAS Institute, desenvolvedora de um dos softwares estatísticos mais utilizados no mundo, um dos cargos de direção é ocupado por uma pessoa cuja função não é estritamente cuidar do crescimento dos negócios: ela é responsável por garantir o bem-estar dos funcionários.

As pessoas precisam escolher seu empregador não apenas pelo salário e oportunidades de crescimento profissional, mas também com base no impacto que o trabalho terá em sua saúde física e psicológica. Por outro lado, os empregadores não devem focar apenas o lucro, mas também a saúde de seus funcionários.

Já os governos, preocupados os crescentes custos na área da saúde, precisam se concentrar em melhorar o ambiente de trabalho, porque o estresse está claramente deixando as pessoas doentes. Nada disso é necessário – ninguém deveria estar morrendo por trabalhar.

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NOTÍCIA: Carreiras em risco podem virar 48 novas profissões.

Notícias.

Deu no G1, por Taís Laporta:

Há espaço para sobreviver em um mercado de trabalho com empregos que desaparecem e novas habilidades são exigidas constantemente. É o que mostra um estudo do Fórum Econômico Mundial, que descobriu que existem 48 novas possibilidades de carreira para o profissional médio norte-americano de áreas que estão em baixa. Isso vale para aqueles que conseguirem reciclar suas qualificações.

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O relatório “Towards a Reskilling Revolution: A Future of Jobs for All” (“Em direção à revolução da requalificação: um futuro do trabalho para todos”, em tradução livre), divulgado nesta segunda-feira (22), conclui que é possível, inclusive, que os trabalhadores que fizerem essa transição tenham um aumento médio nos salários de US$ 15 mil por ano até 2026. Nos EUA, há 1,4 milhão de vagas passando por este processo de transição.

Um exemplo são os trabalhadores das linhas de produção das fábricas, que o estudo identificou como uma carreira “sob risco”. O ganho médio desta ocupação é de US$ 33 mil anuais, mas haveria 59 diferentes oportunidades de trabalho com aumento salarial para quem apostar em novas qualificações. Uma delas é a manutenção de trens, que elevaria a renda para US$ 54 mil por ano.

Num cenário mais pessimista, ainda haveria 23 ocupações alternativas para o trabalhador se encaixar com um salário menor. Um exemplo é a função de empacotador, com salário médio de US$ 24 mil nos Estados Unidos.

O estudo também aponta uma alternativa para atendentes de caixas que foram substituídos por sistemas automatizados e pelo comércio eletrônico. Segundo o relatório, há oportunidades para estes trabalhadores tanto em restaurantes, gerência de lojas, quanto em agências de viagem e assistentes de turismo.

Até 2026, sem requalificação, 16% de todos os trabalhadores substituídos nos EUA estarão “no fim da linha” e outros cerca de 25% perceberão que eles possuem no máximo três transições de trabalho potenciais para escolher. Com a requalificação, mais de 95% dos trabalhadores substituídos podem mudar para trabalhos promissores e até com salários maiores, diz o relatório.

Mas isso só será possível se pelo menos 70% dos trabalhadores afetados receberam treinamento para uma nova função ou carreira. “Precisamos de iniciativas de reciclagem que combinem programas de requalificação com ajuda de renda e esquemas de empregos para ajudar aqueles que passam por esta transição”, diz o estudo.

Desigualdades de gênero

O relatório também constatou que homens e mulheres que estão em risco de serem substituídos atualmente têm opções muito diferentes para encontrar novos empregos. As mulheres têm cerca de metade das oportunidades que os homens neste sentido.

“Requalificação combinada a transições de carreira podem levar a um abismo menor e a aumentos salariais para 74% de todas as mulheres em profissões em risco, enquanto que o percentual para os homens é de 53%.

 

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