Fontes da Filosofia moral – O pragmatismo de William James.

Ética.

Uma ocorrência na vida de William James fez com que encontrasse uma alternativa às éticas categóricas. Acometido de “vertigem intelectual” ao interpretar um poema de Walt Whitman, James deu-se conta de que duas disposições do nosso espírito poderiam guiar a conduta moral. Uma dogmática e canônica: a crença no transcendente que está além da vida. Outra, pragmática e verificável: a verdade de que transcende a vida particular, que está além de nós mesmos.

Sobre o segundo modo de ver, James desenvolveu uma agenda que denominou de “melhorismo”. Um termo infeliz para um conteúdo inteligente. O argumento era que no “fluxo das experiências” não há, nem pode haver valores morais válidos definitivamente. Segue-se que a moral deveria se fundar na escolha entre possibilidades. De sorte que a “salvação do mundo” consistiria em uma opção auto orientada, focada no futuro, segundo o que se considerasse o melhor para todos.

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ÉTICA: Fontes da filosofia moral – John Dewey e o Pragmatismo.

Ética & Valores.

John Dewey (1859-1952), o mais influente pensador norte americano na primeira metade do século passado, entendeu a filosofia como método para resolver problemas morais.

Foi adepto do pragmatismo – a convicção de que o agir é moralmente justificável se, e somente se, for útil ao propósito de tornar a vida mais razoável.

Dewey deixou como legado à contemporaneidade:

  • O conceito de valorização como expressão de um comportamento aprendido que se tornou habitual, e a decorrente distinção entre os atos de atribuir valor e o de avaliar,
  • A equalização entre o justo e o social, isto é, a ideia de que devemos avaliar de acordo com as obrigações que temos para com os outros, e de que, portanto, a ética deve se centrar na busca do que é útil a um futuro desejável para todos os seres humanos.

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